Recolho desejos e anseios para ver-te dormir
Um homem, repito, um homem nada mais
E és tanto
À janela, reviro o céu de estrelas
em busca da cadência que te faça saber
quem és
A Lua me vem mostrar
impenetráveis passagens para a luz
que vai e vem num esconder-se por detrás
de sonhos e nuvens
Anunciação abençoada de um novo alvorecer!
Enquanto isso, é doce o teu sonhar
Será que tem peso o teu corpo agora?
Ou será que flutua conforme teu respirar?
Pergunto aos Deuses quais desafios a transmutar
para a chave de teu universo onírico desvendar
Desvelo teu enlevo
Por entre paragens
Per-ambulo veredas vastas
Por entre ruas e alamedas
com o pulsar descalço
do passo de meu coração
Se soubesses da despretensão feliz de ver-te dormir,
jamais acordarias
Dormirias a eternidade
E o mundo todo viria assistir tua paz
Restando séculos dormente
Contaminado pela tua beleza
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