segunda-feira, 7 de maio de 2007

Saul Bellow, Herzog (1964)


For instance?

Well, for instance, what it means to be a man? In a city. In a century. In transition. In a mass transformed by science. Under organised power. Subject to tremendous controls. In a condition caused by mechanization. After the great failure of radical hopes. In a society that was no community and devalued the person. Owing to the multiplied power of numbers which made the self negligible. Which spent military billions against foreign enemies but would not pay for order at home. Which permitted savagery and barbarism in its own great cities. At the same time, the pressure of human millions who have discovered what concerted efforts and thoughts can do. As megatons of water shape organisms on the ocean floor. As tides polish stones. As winds hollow cliffs. The beautiful supermachinery opening a new life for inumerable mankind. Would you deny them the right to exist? Would you ask them to labour and go hungry while you yourself enjoyed old-fashioned values? You - you yourself are a child of this mass and a brother to all the rest. Or else an ingrate, dilettant, idiot. There, Herzog, thought Herzog, since you ask for the instance, is the way it runs.
Deep inside is a point in our consciousness
we can hardly wait to discover
and barely support finding

Delusions and emptiness
Cleaning up thoughts
Clarifying the mind
My heart cries out
Gloominess pumping
Grieved tears washing me
Spreading and evaporating my soul
or what has left of it...

Death


Death


Nor dread nor hope attend

A dying animal:

A man awaits his end

Dreading and hoping all

Many times he died,

Many times rose again.

A great man in his pride

Confronting murderous man

Casts derision upon

Supersession of breath;

He knows death to the bone -

Man has created death.


(W.B.Yeats)


Entendo agora o frio. Enquanto o vento soprava arrancando-me a pele do corpo. A queimar como fogo carbonizando tudo o que é tecido vivo. Tudo a que se chama tudo, o nada. Carvão em brasa. Esse sopro incendiário e intenso, de luz fulgurante, transfigurou-me maravilhosamente numa espécie melhorada de mim. O que sobrou? Uma espécie de mim remodelada com rajadas de granizo e raios secos cortantes. A matéria prima. Re-talhada. Assumo assim feições e perfis, semblantes e curvas bastante indefinidos. Não solidifico mais, não congelo. Ser entregue que sou às ações caóticas dos astros. Leve para voar e transitar as esferas elevadas de outras atmosferas. Entreguei-me ao vento, fiz um pacto com as tempestades e os vulcões, atuo misteriosamente no universo e mesmo a potência máxima de mim mesma, minha voracidade maior, manifesta-se em profundo silêncio. Não contenho, não aprisiono, nem retenho nada. Encontro no estado mais sólido, o mais volátil e sequer as sub-atômicas partículas escapam à minha ação. Penetro tudo e me expresso nas miudezas irrisórias. Derreti no ardor do vento, tornei-me invisível aos olhos da superfície das coisas do mundo. Desfiz os elos de medíocres pensamentos. Correntes dilaceradas, poeira cósmica agora. Não dói mais, não palpita angústia, ilusão qualquer, nada. E tão somente a fluidez da paz.

sábado, 5 de maio de 2007

Ai mas que saudade eu tenho da Bahia


Ai se eu escutasse o que mamãe dizia

Bem, não vai deixar a sua mãe aflita

A gente faz o que o coração dita

Mas esse mundo é cheio de maldade e ilusão

Ai se eu escutasse hoje eu não sofria

Ai esta saudade dentro do meu peito

Ai se ter saudade é ter algum defeito

Eu pelo menos mereço o direito

de ter alguém com quem eu possa me confessar


Pappy & Mommy
Ni

Jon & Mary


Hoje a saudade bate à porta e vem rechear o meu dia de uma emoção indescritível.

O que sou, sou por causa de vocês.

Descubro a cada dia que cresci e na minha porção semente que morre

broto que rompe a terra,

mudinha pra cima, uma folha pequenina,

ou o fruto que se enche e desaba...

Na seiva da vida há vocês.

Aqueles que não os conhecem, mas me vêem aqui passar,

sabem que pertenço a pessoas como vocês. Sim,

eu pertenço a mais linda família, eu digo.

Embora só tantas vezes, venho da casa dos que se amam e me amam;

saída dos braços de meus tão queridos pais, de duas calorosas flores,

irmãs do mesmo leite e sangue,

de um irmão turrão, puro em seu peito, homem bom

que acrescentou uma flor toda borboletada ao nosso jardim...


A distância só é longe porque não posso abraçar vocês agora.


Mandar por mensagem parece que não chega nunca e quando bate e volta

vem cheio de um sabor diferente, salgado e doce, escorrido e quente...

O gosto do mar que agora eu nado pra poder aí chegar

e dizer o quanto amo vocês!!!

To let God be,

To find yourself in Jesus

To meditate quietly on love

To take a breath

and be grateful

and be harmless

one moment at a time

as yourself


And your soul will be healed

and safe

You are loved


Josh