terça-feira, 13 de março de 2007

Être et Avoir




Recolho desejos e anseios para ver-te dormir

Um homem, repito, um homem nada mais

E és tanto


À janela, reviro o céu de estrelas

em busca da cadência que te faça saber

quem és


A Lua me vem mostrar

impenetráveis passagens para a luz

que vai e vem num esconder-se por detrás

de sonhos e nuvens


Anunciação abençoada de um novo alvorecer!


Enquanto isso, é doce o teu sonhar

Será que tem peso o teu corpo agora?

Ou será que flutua conforme teu respirar?


Pergunto aos Deuses quais desafios a transmutar

para a chave de teu universo onírico desvendar


Desvelo teu enlevo

Por entre paragens

Per-ambulo veredas vastas

Por entre ruas e alamedas

com o pulsar descalço

do passo de meu coração


Se soubesses da despretensão feliz de ver-te dormir,

jamais acordarias

Dormirias a eternidade

E o mundo todo viria assistir tua paz

Restando séculos dormente

Contaminado pela tua beleza

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